Educação e Saber no Século XXI
O longo processo de construção do conhecimento a que está submetido a criança do século XXI é permeado de uma dinâmica intensa que exige do educador potência de estruturas cognitivas cada vez mais elaboradas.
Assistimos a uma ansiedade “patológica” por parte dos educadores e familiares para apresentar à sociedade indivíduos letrados e aptos a fluir no campo intelectual com maestria. Entretanto, a construção de valores tem ocupado o espaço das culminâncias de projetos.
Não é nova a compreensão de que nossa sociedade, historicamente já passou por uma miscelânea de teorias e correntes pedagógicas que não garantiram a uniformidade do saber.
Nesta ordem entra em questão a idéia que temos sobre conhecimento. O papel da escola estará centrado em criar saber uniforme? O alto índice de reprovação e evasão pode ser a consolidação deste preceito.
Ao tratarmos da autonomia do saber tomamos um novo rumo na construção do conhecimento. A apropriação da Pedagogia de Projetos como uma alternativa didática facilita a dinâmica da sala de aula e promove uma prática mais prazerosa. Todavia, faz-se necessário entender a Pedagogia de Projetos como uma relação construtiva, que se efetiva processualmente, a partir da mediação do educador, sem a retirada do protagonismo do estudante.
Raros educadores estão preparados para o exercício com projetos. Ao longo de uma jornada de pesquisa e acompanhamento de práticas pedagógicas e andragógicas o que assistimos é a realização de eventos festivos intitulados de projetos. Quando adentramos para o campo da construção do saber não conseguimos ver a ação discente no processo. Pais reclamam por visualizar seus filhos comprando material e pagando para confecção de produtos. A participação efetiva do estudante fica limitada à memorização de pequenos textos para serem reproduzidos aos visitantes.
A apropriação da Pedagogia de Projetos como prática docente precisa ser pensada a partir do viés da formação docente, da inserção da família no processo ensino e aprendizagem e da mudança de paradigmas educacionais.
            Pensar os valores e as praticas que se deseja consolidar é o primeiro passo para desenvolver uma educação sólida e significativa, sem a obrigatoriedade de apropriação do saber uniforme, porém versando sobre a construção de um novo saber, próprio e autônomo.
Elisângela Pereira Silva Abreu
Psicopedagoga

Um comentário:

  1. Não sou especialista em educação, mas concordo com a pró, pois sei que quando os professores melhoram suas práticas e a família assume de fato a responsabilidade a educação toma outro rumo. É isso aí, a educação tem jeito.

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